Centro Cultural Oscar Niemeyer
Você sabia que o desejo de homenagear o consagrado arquiteto Oscar Niemeyer com seu nome na primeira obra, projetada por ele para embelezar a Capital do Estado de Goiás, começou com a idealização do Monumento aos Direitos Humanos, que se concretizou na grande pirâmide, com 36 metros de altura? Ao longe, a edificação de concreto se destaca, na paisagem, como um vistoso triângulo vermelho.
Com o entusiasmo de Niemeyer e o anseio dos artistas, escritores, músicos e demais integrantes de diferentes matizes da área cultural, a proposta foi ampliada para um completo e moderno Centro Cultural, formado por uma grande esplanada cultural e quatro edificações, em formas distintas: retângulo, triângulo, cilindro e a cambota, que lembra uma oca. Três edificações são brancas, dando destaque à pirâmide vermelha.
O projeto foi concebido aos poucos, ouvindo a equipe técnica e consultando as necessidades das diversas áreas culturais em Goiás. A ideia inicial, em 1999, era construir o Centro Cultural nas proximidades do Lago das Rosas ou da Rodoviária de Goiânia, até que houve a decisão pela localização atual. A inauguração foi em 30 de março de 2006.
Uma das mais importantes conquistas do Centro Cultural Oscar Niemeyer foi o reconhecimento do local como um espaço saudável para a comunidade, onde crianças, jovens e adultos se divertem nos finais de tarde. No campo cultural, tornou-se referência em espetáculos de dança, música, teatro e exposições, além de feiras gastronômicas, de artesanato, moda e até de carros antigos. Um fato marcante foi a transferência do Museu de Arte Contemporânea para suas instalações.
O Palácio da Música se tornou a casa da Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG). A Orquestra Filarmônica de Goiás busca proporcionar ao público momentos de leveza, esperança, reflexão e otimismo por meio da música por acreditar no seu poder transformador.
A Filarmônica de Goiás é considerada a terceira melhor orquestra do Brasil pelo Guia Cultural da Folha de São Paulo. Também foi agraciada com a Ordem Rio Branco, mérito cultural concedido pelo Ministério das Relações Exteriores a pessoas e instituições que se destacam por suas iniciativas.
A Biblioteca Pública Bernardo Élis desenvolveu, com sucesso, projetos de contação de histórias para crianças e de valorização dos escritores goianos e da Literatura Brasileira. Um dos maiores sucessos de público, na história do Cetro Cultura Oscar Niemeyer, foi o Café de Ideias, inspirado no Café Filosófico da TV Cultura, com a presença de respeitadas personalidades nacionais, como Flávio Gikovate, Mary Del Fiori, Jorge Forbes, Roberto DaMatta, Márcia Tiburi, Vladimir Safatle e Ismail Xavier. De um público inicial de 250 pessoas, foram registradas 700 pessoas na maioria dos encontros e uma plateia de 1500 pessoas, na palestra da socióloga Marilena Chauí.
A obra de Niemeyer é marcada pela criação de conjuntos, onde cada unidade faz parte de uma composição espacial, cada uma com utilidade específica. O Palácio da Música Belkiss Spenzière ostenta traços que se tornaram símbolos da obra de Niemeyer. A cambota, em concreto armado, tem 7 mil metros quadrados, onde há um teatro com 3 mil lugares, fosso para orquestra, camarotes para 284 pessoas e espaço para bar. A entrada principal fica na parte dos fundos, assegurando a beleza da porção frontal, parcialmente circundada por espelho d’água.
No intrigante cilindro suspenso, com quatro mil metros quadrados, apoiado em um pilar central, fica o Museu de Arte Contemporânea (MAC), com obras de artistas renomados, como Ana Maria Pacheco, Rodrigo Godá, Pitágoras, Rogério Canella, Luiz Mauro e Elder Rocha Lima. Criado em 1988, o MAC funcionou, por muitos anos, no Centro de Goiânia e tem um histórico de grandes exposições e de espaço onde novos artistas têm oportunidade de apresentar seus trabalhos. Além de pinturas, o acervo é composto por fotografias, gravuras, ilustrações, desenhos e autorretratos. O acesso é por uma rampa, que esconde parcialmente o grande esforço estrutural do edifício.
Ao lado do MAC fica o Monumento aos Direitos Humanos, com 700 m² e auditório para 166 lugares. A Pirâmide fica na entrada do memorial, localizado abaixo da esplanada. Um grande retângulo completa a composição do projeto de Oscar Niemeyer. A Biblioteca Bernardo Élis é uma caixa retangular de vidro fumê. Com cerca de 10 mil metros quadrados, o prédio da biblioteca possui três pavimentos sobre pilotis, auditório com 135 lugares e terraço, com espaço para um restaurante, com vista panorâmica. A construção se contrapõe ao branco das fachadas do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e do Palácio da Música e ao vermelho do Monumento aos Direitos Humanos.